Este ano eu completo 30 invernos (não são primaveras, pois nasci em julho). Os que já passaram por essa fase sabem que ela vem recheada de mudanças, tanto físicas (já me chamam de Tia ou Senhora na rua!!!), como comportamentais, e com isso vêm os questionamentos.

Após a miscelânea de emoções vividas nos últimos anos, resolvi tirar um tempo para mim. Quero vivenciar situações imprevistas e redescobrir a Flávia, que por vezes vinha se escorando em personagens circunstanciais.

Obtive a aprovação do meu pedido de licença sem vencimentos do trabalho, por um período de um ano. Só faltava isso para começar o meu planejamento de transformar minhas economias em passagens, albergues, museus, paisagens, espiritualidade, comidas, encontros e desencontros.

Dois mil e oito para mim vai ser o ano da cigarra! – Isso não é horóscopo Chinês, Maia ou Checheno; é o resgate da Fábula de La Fontaine (mais conhecida como Fábula da cigarra e da formiga), mas com uma inversão de sua moral: sim, paremos para cantar e apreciar a primavera, e desfrutemos o ócio!!!!!

Meu caminho

16 de setembro de 2008

Rússia: o primeiro contato

Para um turista independente, a viagem à Rússia começa antes mesmo do desembarque em seu território. A obtenção do visto de entrada ainda tem seus melindres, apesar do país estar cada vez mais abrindo suas portas para os estrangeiros. Sendo um dos resquícios da burocracia e controle soviéticos, é necessário que se declare o itinerário completo, com a comprovação de reservas para todos os dias, que devem estar atreladas a uma carta convite emitida por uma agência de turismo russa. Isso é muito limitante para quem prefere sentir o local e decidir sobre o seu trajeto ao longo da viagem, como tenho feito até agora. Mas de qualquer forma, a Rússia para mim era um símbolo, um mistério, e tinha muita curiosidade conhecê-la. E se essa era a única maneira de entrar lá, segui então suas regras, apesar de aparentemente inúteis.

Na realidade, os trâmites são simples, só é preciso fazer as próprias reservas pela internet, contatar diretamente uma agência russa para eliminar os custosos intermediários no Brasil e ter a disposição de pagar 30 euros para uma agência que só tem o trabalho de imprimir uma carta padrão. Com esses documentos na mão, mais um formulário preenchido e o passaporte, é possível conseguir o visto em até 10 dias úteis.

Por causa dessas burocracias – associadas à incipiente infra-estrutura para recebimento do turista, o inflacionado preço cobrado pelo setor hoteleiro e as dificuldades na comunicação (o russo utiliza um alfabeto próprio, o cirílico, e poucas pessoas falam o inglês) – é baixa a quantidade de pessoas que se aventuram a viajar de forma independente no país. A grande maioria dos visitantes chega por meio de pacotes turísticos.

Como essa não era a minha proposta, minha viagem se iniciou com a busca de hospedagens em São Petesburgo e Moscou, que deveriam seguir dois critérios principais: baixo custo e boa localização. Para São Petesburgo encontrei um albergue localizado no coração da cidade: a Av. Nevsky Prospekt! A diária era barata para o padrão de hospedagem russa e as fotos expostas exibiam um ambiente razoável (o que me fez constatar, posteriormente, que um bom ângulo fotográfico pode criar maravilhas!). Algo parecido foi também encontrado em Moscou.

Cheguei na Rússia dia 12 de agosto, por avião, de Paris a São Petersburgo. Com a reserva de meu albergue em mãos, estava decidida a ir ao meu destino via trasporte público, como forma de imersão na vida cotidiana da cidade e de fuga da exploração exercída pelos taxistas de plantão nos aeroportos. Mas ao colocar os pés na rua, tive a dimensão da aventura que me esperava. Todos os sinais estavam em cirílico, diferentemente do endereço que eu carregava e do simplificado mapa que havia no meu guia de viagem, ambos no alfabeto da língua inglesa.

Sem uma cabine de informação ao turista, recorri a um tipo que tinha aparência de aluno MBA (Master of Business Administration) e perguntei se falava inglês. Um movimento negativo com a cabeça reduziu todas as minhas expectativas em relação a uma jornada mais fácil e certeira. Então, lancei a eficiente comunicação truncada: “Metro?”. Um sorriso e um dedo indicador apontado para um micro-ônibus (as famosas marshrutkas) renovaram minhas esperanças. Sabia que em qualquer estação de metrô estaria bem encaminhada, pois tinha a indicação do nome da estação de metrô mais próxima, também chamada Nevsky Prospekt. O problema é que não sabia como pronunciar seu nome e tão pouco sua escrita em russo.

À caminho da estação de metrô encontrei no meu guia uma tabela de correspondência das letras do alfabeto russo. Comecei a passar o nome que tinha para o Russo, e cheguei em Невскй Лрослект. Entretanto, não tinha seguraça se aquilo estava correto. Mas, por uma grande coincidência, olhei ao lado um pequeno cartaz comercial colado na janela e vi lá escrito: Невский проспект. Perfeito! Foi uma trascrição bem aproximada e com ela foi fácil chegar à estação desejada.

Na saída do metrô não sabia que direção tomar, já que não encontrava os números dos prédios ao redor e a placa com o nome da rua. Então usei meu útimo trunfo, um detalhe importante que trazia na indicação do meu albergue. Por grande ironia, minha acomodação russa estava localizada em cima da lanchonete Mc Donald’s!

Postada em frente a um belo prédio do século XVIII, que carregava um destoante “M” de um amarelo reluzente em sua fachada, encontrei uma porta lateral com um pequeno interfone ao lado. Apertei o número do apartamento indicado na reserva, uma, duas, três, quatro vezes. Nada! Sem resposta. Subitamente, apareceu um jovem casal com a chave daquela porta e entrei no vácuo deles. A beleza da fachada do prédio histórico contrastava com a má conservação de seu interior: paredes descascadas e sujas, pisos quebrados, fiação exposta e um forte odor de mofo.

Muito apreensiva naquele ambiente hostil, subi as escadas debruçada no conforto que a presença daquele casal me proporcionava. Tentei me comunicar com eles, perguntando se alí havia um hostel. Respondendo em russo, ele fez sinal para que o seguisse. No terceiro andar ele parou em frente a uma porta, onde haviam pelo menos 5 diferentes campainhas. Tentei todas e nenhuma funcionou. A minha expressão de desolamento despertou uma imediata reação naquele jovem que passou bater na porta com muita força. Tamanho alarde surtiu efeito.

Um rapaz de ascendência árabe apareceu, perguntei se alí era o Right on Nevsk' Hostel e para minha surpresa, com um perfeito inglês, ele me respondeu: - Você tem certeza que está no local certo?- Mostrei o papel que trazia comigo e, enquanto ele analisava minha reserva, eu analizava o cenário que o rodeava. A entrada do apartamento era um depósito: um decrépito sofá se posicionava em frente a uma mesa coberta de caixas de papelão, cheia de objetos obsoletos. Gelei, havia caído em uma fraude! Eram quase 10 horas da noite, meu hostel era fantasma e estava em uma cidade conhecida por seus hotéis com preços exorbitantes!

Para não cair em descontrole, agí de maneira prática. Pedi para telefonar para o único contato que tinha na cidade, uma pessoa da rede Couch Surfing (CS). Liguei, expliquei minha situação e ele me respondeu que não podia falar naquele exato momento, mas que me ajudaria, retornando a ligação em 30 minutos.

Ao mesmo tempo, aquele rapaz à minha frente mostrou uma expressão de alívio e disse: – Você está certa! É aqui mesmo. Encontrei o email do Isaac, que é o dono desse apartamento. Ele aluga quartos para mensalistas, mas alguns deles têm sido feitos de dormitórios para turista. Desculpe, mas não sabia que tinha esse nome de Right on Nevsk' Hostel . O estranho é que quando ele vai receber alguém, sempre fica de prontidão.

Assim, ele discou um número e me passou seu celular. Ao atender, me identifiquei e, àquela altura já muito irritada, expliquei minha precária situação. Isaac se desculpou dizendo que me esperava para o dia seguinte e, para meu espanto, me convidou para cruzar a avenida e acompanhá-lo em sua última cerveja. Para mim aquilo era um abuso, um desrespeito ao meu cansaço, uma falta de profissionalismo, o que me fez responder, de forma ríspida e contundente, que o esperaria lá.

Enquanto esperava, iniciei uma conversa com aquele rapaz mouro. Ele se chamava Zaid, vinha das ilhas Maurícios, havia acabado de finalizar seus estudos de medicina na cidade e vivia em quarto alugado naquele apartamento. Era uma pessoa muito educada e foi me deixando mais relaxada e confiante. Fomos tomar um café na cozinha e chegaram Isaac e sua amiga Júlia. A princípio ele me pareceu muito bêbado, por seu andar cambaleante. Mas depois vim a descobrir que estava parcialmente bêbado e que a falta de segurança na passada era também resultado de sua cegueira. Isaac, que só enxergava vultos, era um músico e compositor de origem neozeolandesa, que foi atraído pela aura musical da cidade, adornada com nomes célebres como Tchaikovsky e Rachmaninov. Era dele o piano situado na sala, a única peça de maior valor encontrada naquele cômodo.

Juntaram-se a nós dois sexágenários, meio lunáticos e também inquilinos. Percebi então que estava em um autêntico relicto de uma Kommunalka, apartamentos comunitários onde vivia 68% da população de São Petesburgo na década de 1930, devido à nacionalização dos imóveis residenciais (Alguém já assistiu Bonecas Russas? Lá mostra um). Só que esse se tratava um apartamento privado!

O estranho era que, mesmo naquela bagunça, a cada minuto me sentia mais a vontade, atraída por esse típico cenário soviético e pela excentricidade daquelas pessoas. Elas me faziam recordar os personagens de Gorky, a plebe social russa daqueles contos narrados com grande entusiasmo por um ex-namorado poeta, que inspirava o meu imáginário sobre aquele distante e complexo país.

Comecei a pensar no que faria quando meu contato CS ligasse. Será que deveria sair daquele apartamento localizado no centro da cidade e meu ponto de encontro com Marco, um grande amigo brasileiro que já estava à caminho da Rússia? Além disso, já estava gostando daquele lugar e o quarto onde ficaria instalada não me parecia tão ruim como o resto da casa. Optei por ficar. (Foi uma boa escolha, pois tanto eu, como o Marcão, adoramos ter ficado lá. Com aquele pessoal vivenciamos a noite mais louca e cafona da nossa viagem!)

Assim, quando já estava estabelecida, a fome, até então camuflada pela ansiedade, despontou com grande intensidade. Era quase meia noite e perguntei onde encontraria um local aberto para comer. Responderam que, àquela hora, a melhor opção seria o Mc Donald’s logo abaixo, que funcionava 24 horas. A recusa foi imediata, considerei impensável ter a minha primeira refeição russa no maior símbolo da sociedade de consumo capitalista (admito que tal resistência desmoronou ao longo da viagem, por motivos de imediatismo e comodismo).

Satisfeita por um sanduíche comprado em um pequeno mercado local, e após um delicioso banho, pude finalmente relaxar. Deitada na cama, os pensamentos ainda estavam a mil com a reconstituição do dia vivido. Apesar de exaustivo, sabia que tinha valido a pena a experiência de emergir numa Rússia in natura, com suas dificuldades e contradições, sem os filtros e os amortecimentos que viriam se tivesse optado pelas facilidades de um pacote de turismo fechado.


Sobre São Petesburgo

São Petesburgo é a segunda maior cidade da Rússia, depois de Moscou. Está localizada no noroeste do país, na costa do Mar Báltico, e é cortada pelo rio Neva e vários canais menores, seus afluentes. Apesar de ter sido fundada apenas em 1703, é uma cidade de grande importância histórica, já que foi capital do Império Russo por mais de 200 anos. Em 1918, período pós revolução Russa, a capital foi tranferida para Moscou, devido à localização fronteiriça de São Petesburgo ser considerada suceptível de invasão por exércitos inimigos. Além disso, também é um importante centro cultural do país, tanto nos dias de hoje, como no passado.

Apesar de já ter sido chamada de Leningrado por 67 anos (1924–1991), uma homenagem póstuma a Lenin após 3 dias de sua morte, é uma cidade que faz relembrar mais o período de sua monarquia, do que o da república socialista, ao contrário de Moscou. Claro que isso está relacionado à mudança da localização do poder central entre esses dois períodos. Ainda assim, são encontrados preservados alguns marcos do período socialista, como pinturas e esculturas com motivos revolucionários nas estações de metrô, algumas esparsas estátuas em homenagem aos seus líderes e o museu Aurora (um navio militar que foi usado em favor dos revolucionários bolcheviques em 1917). Porém, muitos dos nomes de ruas e locais, que prestavam homenagem aos revolucionários e socialistas, foram renomeados após o fim da União Soviética.

As principais atrações da cidade são mesmo as residências imperiais, como por exemplo o fantástico Peterhof com seus jardins, estátuas e fontes, e o Palácio de Inverno, residência oficial dos imperadores russos e onde está hoje localizado parte do Museu Hermitage. Esse museu é o segundo maior da Europa, e mantém uma vasta coleção de arte e alguns cômodos que exibem a decoração do período imperial. Para mim e para o Marco, essa foi a atração número 1 de São Petesburgo!

Também destaco como imperdível a igreja Savior on Blood, com suas cúpulas douradas e coloridas. Contudo, caminhar sem destino na área histórica da cidade é uma ótima pedida, onde se pode ver canais e belos prédios, tanto anônimos, como conhecidos, principalmente de estilos barroco e neoclássico.

Vale também um passeio nas profundas estações de metrô, localizadas a dezenas de metros abaixo da terra e apresentando afrescos, refinados lustres e detalhes em mármore e bronze. Mas aos que forem visitar a cidade, cuidado ao tirar fotos, pois é oficialmente proibido por ser considerado um local estratégico para no caso de conflitos bélicos. Eu e o Marco tiramos várias, mas sempre receosos com o fato de podermos tomar uma multa. Entretanto, a única repreensão que recebemos veio de um rapaz que estava a espera do metrô na Estação Nevsky Prospekt, mas depois percebemos que ele se incomodou com a câmera pois fazia parte de uma gangue especializada em roubos dentro do metrô.

Assistimos a uma cena de assalto, onde uma parte da gangue bloqueia a passagem na entrada do vagão, enquanto outra parte pressiona as pessoas contra o bloqueio, criando um tumulto que aproveitam para roubar carteiras e outros pertences. Infelizmente, esse é um dos grandes problemas da cidade, suas gangues de batedores de carteira, estelionatários e de grupos que praticam violência por motivos de intolerância racial. Zaid, com sua feição árabe e pele escura, disse qua não anda no metrô à noite, precaução que seguem também outros asiáticos e africanos que conhece.


Sobre meu amigo Marco

Foi uma felicidade muito grande encontrar o primeiro amigo que veio se juntar à minha jornada. Desde que anuncei a viagem, ele logo me disse que tentaria me encontrar em algum lugar. Falou em Índia e Rússia. Porém ele não era o único, muitos outros também fizeram suas previsões. Na verdade, não me enchia muito de expectativas, por que entre uma promessa numa mesa de bar e a compra de uma passagem existe um longo caminho.

Mas o Marco foi ponta firme. Defendeu seu doutorado e se deu de presente essa viagem. Posso dizer que esse foi um presente compartido, pois sua visita foi um regalo para mim também.

Com ele saí da minha rotina, do meu prumo: não fiz alongamentos e meditações diárias, caminhei até detonar o meu pé, tomei cerveja até não fechar mais o primeiro botão da calça e comi em Mc Donald’s em plena Rússia! Tô correndo atrás do prejuízo até agora (sei que ele também, hehehe, pois tem ido à academia diariamente), mas como valeu a pena!

Ele é uma figura de astral muuuuuito bom e, se já faz qualquer um rir normalmente, lá isso foi potencializado. Tinha desenvoltura na comunicação, que mesmo com um inglês macarrônico (literalmente, pois sua segunda língua é mesmo o italiano), em 5 minutos já podia estar super amigo de um britânico ou de um russo que não fala nada além de russo. Não sei como se comunicavam, mas estavam sempre às gargalhadas.

O problema era quando se arriscava a usar a própria língua materna, pensando alto besteiras em português, contando com que ninguém fosse entender suas palavras. Eu gelava toda vez, já que brasileiro é onipresente e pode ter qualquer cara. Sem falar naquele monte de gente que hoje está falando o espanhol. Mas, por sorte, não enfrentamos qualquer problema, só risadas!

Valeu, amigo!
Quem será o/a próximo/a?

10 comentários:

Dea Conti disse...

Oi, filhota!

Já te disse agora há pouco: AMEI essa sua narrativa! Friozinho na espinha, porque me coloquei em seu lugar, passando pelos mesmos apertos. E como você os tirou de letra! Ai, ai, minhas filhas são mesmo de arrasar!

Amo você, Fafá, e continuo desse lado de cá torcendo para que o seu caminho continue assim: cheio de aventuras, que você consegue enfrentar!

beijocas mil

cigarra disse...

Se preocupa não, o negócio é manter a calma e o bom humor, o resto vem como consequência disso. Love you too,
besos, Fla

Anônimo disse...

Que grande aventura,Fla !!Hoje deu para vir dar uma olhada no PC de S .Estamos ha uns dias em Sevilha e aproveitamos para passear pela Andaluzia .Ja não esta o calor ,que voce apanhou .Muita calma,cabeca ( nao sei onde estao os acentos nesta maquineta ) fria,que no final tudo da certo.Continuacao de boas descobertas e va-se preparando para a Asia,onde as surpresas nao serao menores ,certamente .

Anônimo disse...

Muito louca essa sua viagem, Flávia! É cada experiência mais doida que a outra e você está tratando de contá-las com muito savoir faire . Seus pais devem ficar de cabelos em pé a cada postagem, coitados, mas vejo que não deixam de te admirar e incentivar. E você merece, e como merece!

Um grande beijo, gata, e que os anjos continuem te guardando.

Ana Conti disse...

Se existe algo de bom na vida é o fato da gente poder mostrar p/ gente mesmo que somos muito especiais. Agora, quando começamos a provar p/ os demias a mesma coisa..... Não tem preço.
Fafá você é ótima mesmo, não só no jogo de cintura como também em contar "causos". voltando ao Brasil vai ter que escrever um livro.
hehehehehehehe

Beijos minha bela.

cigarra disse...

Oi primos,
obrigada por estarem sempre pertinho!
Gena e Vitor, acho que Índia pode ser mais fácil pois tem mais turismo. Mas que vão ocorrer vários imprevistos, isso com certeza!
Gil, esse é o tipo de causo que a gente fica mesmo receoso em contar para os pais. Mas ao mesmo tempo, já passou e foi bem desenrolado. No entanto, foi um dia tão atípico, que tinha que escrever a história. Veja que logo que havia chegado em St Pete ja postei uma notinha no Blog. Estava mesmo bem inquieta com tudo aquilo.
Tia Ana, muitissimo obrigada pelos elogios. Não me vejo assim, mas não posso negar que me sinto satisfeita em alguns momentos por estar desenrolando bem essa jornada.
amo vcs!
Amãnha parto para Zagreb. É hora de arrumar as malas, de novo!

Prem Madhuri disse...

Uau!! Dá vontade de rir só de lembrar do Marrrrrrrrrrrrrco. Falando mal dos russos ainda!!!! Ra Ra Ra Ra Ra (fala aê, Marcondes!). Flá, estou na espera da cotação. Pois mal posso esperar para ser a próxima. Beijos e saudades,
Cau.

Dea Conti disse...

Bem, acabei de comprar as passagens da Cláudia. Yes! Vocês irão se encontrar em Bangkok, depois dela curtir 2 semanas em Delhi. Farão o sudeste asiático juntas. Ma-ra-vi-lha!!!

beijos da mama

Anônimo disse...

Querida amiga Flávia, quero que tu saiba que naquele dia, naquela mesa de bar, no dia em que confirmei que iria te visitar em algum canto do Planeta, eu estava bêbado! Porém, bêbado fala sempre a verdade KKKKKK
Fiquei muito feliz, antes mesmo de te encontrar, em saber que ninguém tiraria esse título de mim, ou seja, eu seria o primeiro a visitar a Flávia. Foi especial em todos os sentidos. Foi uma viagem de chutar o balde (inclusive a chatice de Vitória da Conquista e o meu cansaço com o término do doutorado). O resultado foi: muita alegria, muito aprendizado e nenhum arrependimento (fora a saudade da Maíra e a escravidão pela internet)!
Nós demos umas estressadas com a Rússia e com os russos, mas tenho certeza nunca esqueceremos aqueles dias doidos, aquele albergue doido, aquelas letras malucas, aquela dona do Albergue, Icas, Zaid, Yúlia, e toda a sua patota. Também, não esqueceremos do portuga jóquei de jibóia: gente boa demais!
Num resumo muito resumido, creio que nossa viagem tenha sido assim: Rússia: uma aventura; Praga: emocionante; Polônia: porco, muito porco.
Ah! Quero te informar que aquele meu óculos lindo, simetricamente perfeito, já não esta em meu poder: foi para o lixo... estou a procura de outro.
Um beijão minha amiga, saiba que além de inveja pela sua jornada ao centro da terra, tenho muito orgulho de você por essa aventura. Não são todos que agüentam os baques ou que tem esse espírito. Quem não agüenta, bebe leite!.

cigarra disse...

O meu amigo, nao faz assim que choro, hein.
A viagem foi bem especial mesmo. A proxima agora e a Cau, gracas tb a melhor mae do mundo!
Continue de olho no blog que vc sera citado nos proximos 3 posts, hehe.
Quanto aos oculos, fiquei em duvida se colocava aquela foto que dava um close neles, mas em respeito a sua imagem de gala, decidi nao colocar-la.
Agora muito buena viagem para terras cubanas, depois da praca vermelha, vais ver a versao latina do socialismo. E vai em uma epoca de festa, aniversario da revolucao, sera o maxxxxxximo.
beijao e fique atento,
Fla